Disclaimer: os meus filhos são dois anjinhos comparados com muito do que vejo por aí. São fáceis de tratar, não dão trabalho por aí além. A minha opinião é estruturada com base nisto. Se tivesse uma (ou duas) "pestes", muito provavelmente pensaria de maneira diferente.
A nossa vida muda quando temos o primeiro filho. Depois disso, não muda grande coisa. Ou antes, muda, mas não é uma mudança tão acentuada como a anterior. Para mim, a grande decisão prende-se com o 1º filho. Essa sim, implica mudança drásticas: as saídas que acabam, o tempo que escorre por entre os dedos, as preocupações vinda de todo o lado e mais algum... ao 2º filho a coisa já é mais ou menos "mais do mesmo". Não é muito relevante porque tempo já não temos, saídas já não há há décadas e preocupações são o estado normal das cabeças das mães.
Eu sou filha única e sempre disse que não queria ter só um filho. Não sei o que é ter um irmão, mas sei o que é NÃO ter um irmão e não gosto. Numa tentativa de me darem este mundo e o outro, os meus pais adiaram a chegada de um 2º filho, ele acabou por não vir. Eu não tive este mundo nem o outro e tudo o que eu sempre quis foi um irmão (mas era esquisitinha e pedia um irmão MAIS VELHO, rapaz... coisas de miúda pequena, óbvio). Não quis repetir o erro dos meus pais. Sei que tendo dois filhos é mais difícil gerir as coisas que damos aos dois, mas quero acreditar que eles hão-de sempre preferir ter-se um ao outro do que ter uma bicicleta com mais uma roda (se é que me entendem).
Esperei 3 anos entre o 1º e o 2º filho. Não foi intencional. Quer dizer, quando a miúda tinha 1 ano e meio começámos a falar no 2º filhos, mas depois íamos casar em Outubro, já agora esperávamos para engravidar já casados, engravidei logo a seguir, perdi o bebé, engravidei novamente logo a seguir (pois, para quem não podia engravidar sem tratamento, 4 gravidezes já é um número avantajado) e nisto calhou o miúdo nascer com a irmã tendo 3 anos e quase 2 meses. Agora, olhando para trás, ainda bem que esperei este tempo todo. Ela já é muito autónoma e eu consigo ter a cabeça mais livre para a atenção que tenho que dar ao bebé.
Ciúmes: ela teve. Já lhe passou. Nunca foram muito óbvios, nem nunca fez nada contra o irmão. Simplesmente andou a escolher a dedo as alturas "certas" para as birras que fazia. Depois passou-lhe. A única coisa que não lhe passou - mas que é dela e não tem nada a ver com o irmão - é a alergia a barulhos. Eles dormem no mesmo quarto, mas sua alteza não consegue dormir com barulho. Então implora para não dormir ali, mas tem azar e dorme mesmo. A meio da noite, quando ele abre a goela, ela muda-se para a nossa cama e fica tudo bem - o pediatra "autoriza", portanto é na boa.
Ele adora a irmã. Treme cada vez que a vê, agarra-a, ri-se para ela, chama a atenção dela. E ela adora-o. Anda sempre a ver onde é que ele está, dá-lhe beijos, pede para lhe fazer festas e para lhe pegar ao colo e está ansiosa por ele começar a brincar mais com ela.
Se ando mais cansada? Obviamente. Até porque ele anda a dar-me umas noites um bocado parvas. Já dormia 12h seguidas e agora dá-lhe para acordar de 2 em 2, só porque sim. Não tem fome, portanto não percebo (quer dizer, percebo: são cólicas, o leite que anda a beber não lhe deve assentar muito bem - a ver na próxima consulta). Mas este meu cansaço passa (bom, vou trabalhar na semana que vem, portanto pode até ser que aumente). Não tarda ele começa a ganhar alguma autonomia e a coisa encarreira.
Eu não vejo a maternidade cor de rosa, mas também não a vejo negra. Lido com as coisas sem grandes angústias, à medida que vão surgindo. Continuo certa de que estes dois filhos que tenho são o meu par ideal e não me apetece pôr mais um ao barulho. Para mim, dois filhos chegam e não posso dizer que adorava ter 4 ou 5 filhos, se pudesse.
Em termos financeiros, os 3 anos de espera foram bons. Ela já não anda de fraldas isso poupa dinheiro. Por outro, já anda na escola e isso leva dinheiro. Ainda assim, não acho que ter um filho seja uma despesona absurda, porque não entro em delírios. As vacinas e o pediatra são caros, sim. Mas tenho a sorte de ter uma mãe com disponibilidade para tomar conta do meu filho até ele ter 3 anos. E não preciso de vestir os miúdos na Girandola, na Petit Patapon e na Gant. Vestem Zara, H&M, Primark, Zippy e coisas que a mãezinha faz (e sim, para os miúdos compensa fazer em vez de comprar, porque o tecido que se gasta é pouco e faz-se tudo à medida das necessidades). Também não tenho alucinações de o miúdo não poder vestir roupa que era da irmã, por isso é normal verem-no vestido de cor de rosa, inclusive na rua (sem exageros, porque não há necessidade disso, mas se houvesse e se a alternativa a não ter roupa para vestir fosse usar t-shirts da Kitty, usaria t-shirts da Kitty sem problema nenhum).
Resumindo: faria tudo igual novamente. E não quero ter mais filhos (não quer dizer que daqui a dois ou três anos não me dê a maluca e não me ponha com ideias, mas para já estamos óptimos assim). Quero é criar estes, vê-los crescer, estar cá para eles até eles me darem bisnetos.
A nossa vida muda quando temos o primeiro filho. Depois disso, não muda grande coisa. Ou antes, muda, mas não é uma mudança tão acentuada como a anterior. Para mim, a grande decisão prende-se com o 1º filho. Essa sim, implica mudança drásticas: as saídas que acabam, o tempo que escorre por entre os dedos, as preocupações vinda de todo o lado e mais algum... ao 2º filho a coisa já é mais ou menos "mais do mesmo". Não é muito relevante porque tempo já não temos, saídas já não há há décadas e preocupações são o estado normal das cabeças das mães.
Eu sou filha única e sempre disse que não queria ter só um filho. Não sei o que é ter um irmão, mas sei o que é NÃO ter um irmão e não gosto. Numa tentativa de me darem este mundo e o outro, os meus pais adiaram a chegada de um 2º filho, ele acabou por não vir. Eu não tive este mundo nem o outro e tudo o que eu sempre quis foi um irmão (mas era esquisitinha e pedia um irmão MAIS VELHO, rapaz... coisas de miúda pequena, óbvio). Não quis repetir o erro dos meus pais. Sei que tendo dois filhos é mais difícil gerir as coisas que damos aos dois, mas quero acreditar que eles hão-de sempre preferir ter-se um ao outro do que ter uma bicicleta com mais uma roda (se é que me entendem).
Esperei 3 anos entre o 1º e o 2º filho. Não foi intencional. Quer dizer, quando a miúda tinha 1 ano e meio começámos a falar no 2º filhos, mas depois íamos casar em Outubro, já agora esperávamos para engravidar já casados, engravidei logo a seguir, perdi o bebé, engravidei novamente logo a seguir (pois, para quem não podia engravidar sem tratamento, 4 gravidezes já é um número avantajado) e nisto calhou o miúdo nascer com a irmã tendo 3 anos e quase 2 meses. Agora, olhando para trás, ainda bem que esperei este tempo todo. Ela já é muito autónoma e eu consigo ter a cabeça mais livre para a atenção que tenho que dar ao bebé.
Ciúmes: ela teve. Já lhe passou. Nunca foram muito óbvios, nem nunca fez nada contra o irmão. Simplesmente andou a escolher a dedo as alturas "certas" para as birras que fazia. Depois passou-lhe. A única coisa que não lhe passou - mas que é dela e não tem nada a ver com o irmão - é a alergia a barulhos. Eles dormem no mesmo quarto, mas sua alteza não consegue dormir com barulho. Então implora para não dormir ali, mas tem azar e dorme mesmo. A meio da noite, quando ele abre a goela, ela muda-se para a nossa cama e fica tudo bem - o pediatra "autoriza", portanto é na boa.
Ele adora a irmã. Treme cada vez que a vê, agarra-a, ri-se para ela, chama a atenção dela. E ela adora-o. Anda sempre a ver onde é que ele está, dá-lhe beijos, pede para lhe fazer festas e para lhe pegar ao colo e está ansiosa por ele começar a brincar mais com ela.
Se ando mais cansada? Obviamente. Até porque ele anda a dar-me umas noites um bocado parvas. Já dormia 12h seguidas e agora dá-lhe para acordar de 2 em 2, só porque sim. Não tem fome, portanto não percebo (quer dizer, percebo: são cólicas, o leite que anda a beber não lhe deve assentar muito bem - a ver na próxima consulta). Mas este meu cansaço passa (bom, vou trabalhar na semana que vem, portanto pode até ser que aumente). Não tarda ele começa a ganhar alguma autonomia e a coisa encarreira.
Eu não vejo a maternidade cor de rosa, mas também não a vejo negra. Lido com as coisas sem grandes angústias, à medida que vão surgindo. Continuo certa de que estes dois filhos que tenho são o meu par ideal e não me apetece pôr mais um ao barulho. Para mim, dois filhos chegam e não posso dizer que adorava ter 4 ou 5 filhos, se pudesse.
Em termos financeiros, os 3 anos de espera foram bons. Ela já não anda de fraldas isso poupa dinheiro. Por outro, já anda na escola e isso leva dinheiro. Ainda assim, não acho que ter um filho seja uma despesona absurda, porque não entro em delírios. As vacinas e o pediatra são caros, sim. Mas tenho a sorte de ter uma mãe com disponibilidade para tomar conta do meu filho até ele ter 3 anos. E não preciso de vestir os miúdos na Girandola, na Petit Patapon e na Gant. Vestem Zara, H&M, Primark, Zippy e coisas que a mãezinha faz (e sim, para os miúdos compensa fazer em vez de comprar, porque o tecido que se gasta é pouco e faz-se tudo à medida das necessidades). Também não tenho alucinações de o miúdo não poder vestir roupa que era da irmã, por isso é normal verem-no vestido de cor de rosa, inclusive na rua (sem exageros, porque não há necessidade disso, mas se houvesse e se a alternativa a não ter roupa para vestir fosse usar t-shirts da Kitty, usaria t-shirts da Kitty sem problema nenhum).
Resumindo: faria tudo igual novamente. E não quero ter mais filhos (não quer dizer que daqui a dois ou três anos não me dê a maluca e não me ponha com ideias, mas para já estamos óptimos assim). Quero é criar estes, vê-los crescer, estar cá para eles até eles me darem bisnetos.
Engraçado, não sou filha única, sou a mais velha de três, e, talvez por isso, sempre sonhei ter um irmão mais velho, rapaz!! :)
ResponderEliminarbjs
Já tinha saudades destes posts foi neste blog que me decidi a criar o meu!!! eu concordo inteiramente com a ideia de 2 ser bom demais! chega até porque a vida aí fora está má os valores são minimos o respeito idem e a violencia a aumentar...acho que vai estar bem mau qd eles forem grandes! Gosto de ter o meu casinho um menino mais velho e uma menina, são muito amigos e espero que continuem sempre assim pq quando se casam e vêem os emplastros ou emplastras tudo muda!!!
ResponderEliminarSem duvida!
ResponderEliminarConcordo contigo plenamente...eu queria uma menina, veio um menino...estou feliz claro e ainda por cma posso aproveitar a roupita do mais velho!
Teem quase 4 anos de diferenca :o)
Mas o mais velho adora o irmao..e vice-versa!
Baci*
Assinadíssimo! ;))) (para variar!)
ResponderEliminarbeijinhos
gostei do post... mas a uns dias do 2º filho ainda não sei dizer se quero mais ou não... tb fazem 3 anos de diferença. sou mãe a tempo inteiro e é muito gratificante, mas tb esgotante (o meu filho ainda não foi institucionalizado, como costumo dizer). a ver vamos... como te digo, acho que só saberei algum tempo depois do xavier nascer... até lá!?!?!
ResponderEliminarbjo
Estou desejosa de ver o que irás escrever quando o mais novo começar a ser verdadeiramente gente, quando se mexer como gente, reclamar como gente e birrar como gente :)
ResponderEliminareheheeh! também concordo. Os meus tb têm 3 anos e uns meses de diferença... é dificil é, mas é tão bommmm! :) Eu tenho uma irmã mais velha e um irmão 11 anos mais novo que eu... a minha mana já tem 3 filhos... por isso, somos uma familia grande, mas sobretudo amigos e unidos :)
ResponderEliminarOhhhhhhh
ResponderEliminarBeijinhos bons
Sou filha única e nunca quis irmãos! Tinha uma família grande, só muito tarde tive direito a um quarto meu e, sendo a mais nova, a roupa já chegava rodada! E ainda me vinham falar em irmãos?!
ResponderEliminarGostei do que li aqui, penso da mesma forma, excepto aquela parte da “despesona absurda”. Há anos que adio a maternidade com medo que as finanças não suportem esse encargo. Quero muito, mas os receios vão ganhando.
Como eu gostei deste texto.
ResponderEliminarE como precisava dele hoje. Da sua praticidade, da sua ligeireza, de o ler assim airoso.
Obrigada.
E um beijo*